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sábado, 19 de março de 2011

SERÁ MESMO MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

Você já ouviu várias e várias vezes nos meios de comunicação, que a terra está aquecendo como nunca, e que isto é culpa das emissões humanas de gás carbônico (CO2), por meio da queima de combustíveis fósseis. Esse gás estaria no seu pico e aumentando o efeito estufa, o qual normalmente é um fenômeno natural onde os gases da atmosfera em conjunto com o vapor dágua impedem que toda a radiação solar se perca para o espaço. Essas idéias foram distribuídas pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), um grupo de cientistas e não cientistas criado em 1988.

Entretanto, você aprendeu na escola que o CO2 compôe apenas 0,03% da atmosfera, e que ele é fundamental para as plantas, as quais o usam para produzir glicose e liberam oxigênio para os animais e nós humanos. Um estudo inclusive feito recentemente nos EUA e Brasil, com milho, arroz e soja, mostrou que a produtividade e a biomassa desses aumenta com a maior concentração de gás carbônico na atmosfera terrestre, conhecido como "efeito de fertilização por CO2". Ou seja, o aumento do CO2 seria benéfico e não um vilão como colocam os cientistas do IPCC. Com mais vigorosidade, essas plantas tem raízes mais profundas e fazem mais sombra no solo, reduzindo a evaporação e consequentemente a necessidade de água.

Segundo o IPCC, a temperatura média global aumentou 0,7ºC nos últimos 140 anos, chegando ao pico no final do século XX. No gráfico abaixo é possível ver esse aumento de temperatura.

No entanto, foram feitas pesquisas com testemunhos de gelo, que consiste em coletar amostras de neve que cristalizou durante milhões de anos e aprisionou bolhas de ar com gás carbônico de vários tempos diferentes. Tais pesquisas permitiram voltar ainda mais no tempo, mostrando a temperatura global nos últimos 2000 anos, como é visto no gráfico a seguir.
Veja que há 900 anos atrás, a terra passava por um forte aquecimento, conhecido como Período Quente Medieval (Medieval Warm Period), sendo até mais intenso do que o registrado no fim do século passado. Havia industrialização naquela época? Claro que não. Mas você pode perguntar, se não foram os humanos, então quem foi? A resposta está na variação da atividade solar e na frequência de erupções vulcânicas. O sol, como sabemos, é nossa estrela mãe, responsável por aquecer a Terra e permitir a vida no planeta. Ele possui ciclos de atividades, que segundo o meteorologista Luiz Carlos Molion, duram em média 90 anos. Dentro desse ciclo o sol passa de uma mínima para uma máxima atividade, naturalmente. Quanto maior é atividade do sol, mais aquecida a terra fica. No próximo gráfico, pode-se observar a variação da atividade solar desde 1600 até o ano 2000.
Note que em entre 1650 e 1700 o sol entrou num intenso mínimo de atividade (mínimo de Maunder), com menos tempestades eletromagnéticas. Agora olhe o gráfico de temperatura nos últimos 2000 anos mostrado anteriormente, e veja que nesse mesmo período a temperatura global teve forte declínio, conhecido como Pequena Era Glacial. Depois a atividade solar aumentou e a temperatura global também, analisando os dois gráficos.

Como você também aprendeu na escola, 71% do planeta é coberto por água, em maior parte na forma de oceanos. A atividade solar então afeta em maior área os oceanos. De acordo com Luiz Carlos Molion, eles são grandes armazenadores de energia no planeta, pois demoram tanto para aquecer quanto para esfriar. O oceano Pacífico, o maior do planeta, possui um ciclo de 30 anos chamado ODP (Oscilação Decadal do Pacífico), onde resfria-se e esquenta de acordo com o sol. A intensidade dos eventos de La Niña (resfriamento das águas equatoriais do Pacífico), inclusive, aumenta no mínimo da ODP. Entre 1880 e início dos anos 1910, o sol entrou em um novo mínimo de atividade, o que mediante ao gráfico exposto pelo IPCC, nos mostra que a temperatura global decaiu. O oceano Pacífico esfriou e um forte evento de La Niña se estabeleceu em torno dos anos 1910. Naquele ano, segundo matéria publicada no site da MetSul Meteorologia, o Rio Grande do Sul foi afetado por uma forte seca em pleno mês de dezembro, como mostra a foto do jornal Correio do Povo naquela época.

Nos oceanos temos plantas chamados cianobactérias, que são o verdadeiro pulmão do mundo, pois através da fotossintese liberam mais oxigênio do que consomem no período onde não há luz solar. Os oceanos portanto, são também armazenadores de gás carbônico. Quando estão quentes, liberam com mais força o CO2 para a atmosfera, aumentando sua concentração no ar. É a mesma coisa que ocorre quando você retira a tampa de uma garrafa de refrigerante quente, o gás contido ali sai com tanta violência que o líquido vai junto. Sendo assim, quem ajuda a aumentar a quantidade de gás carbônico na atmosfera é a própria temperatura, e não o contrário como afirma o IPCC.

Como o planeta vem se resfriando naturalmente desde o ano 2000, os oceanos estão mais frios e há eventos mais fortes do La Niña. Na segunda metade do ano de 2010, por exemplo, o La Niña entrou em atividade e provocou uma primavera com forte estiagem no sul do RS, que está repercutindo na mídia nesse início de 2011. A serra catarinense no mês passado teve um dos dezembros mais amenos do últimos anos, com maior frequência de geadas dentro do verão astronômico. A Colômbia e a Austrália estão passando por fortes chuvas, decorrentes do fenômeno. Desde 2008, pesquisas mostram que o oceano está ficando mais ácido. Isso é decorrente do próprio resfriamento global e obviamente oceânico, que faz o gás carbônico ficar aprisionado no mar.

Falando novamente em gás carbônico, os vulcões são um dos grandes responsáveis pela concentração alta ou baixa de gás carbônico na atmosfera. No ano de 2010 você viu as notícias de erupções vulcânicas no Chile, Islândia, Nova Zelândia, etc. Isso aumenta a quantidade de CO2 na atmosfera, que em grande parte vai parar nos oceanos e ficar aprisionada. Os vulcões liberam outros gases também na atmosfera, como dióxido de enxofre (SO2). Esse gás, apesar de provocar chuva ácida, dão a nuvem um poder maior de reflexão dos raios solares, fazendo resfriar a região. Num período com grande frequência de erupções vulcânicas, a atmosfera fica menos transparente e a intensidade dos raios solares diminui, fazendo a temperatura média decair. Ou seja, os vulcões tem poder de regular as temperaturas também.

Agora uma confusão que precisa ser desfeita são Aquecimento Global e Ilhas de Calor. Ilhas de calor são aumentos de temperatura nas áreas urbanas em relação as rurais, devido ao asfalto, prédios, ar condicionados, corte de vegetação, etc. Isso é aumento de temperatura urbana e não pode ser confundido com aquecimento geral do planeta. É muito subjetivo achar que o planeta está aquecendo só porque tal cidade está mais quente. Não é assim que se avalia uma variação climática. A maior parte dos gráficos mostrados pelo IPCC é embasado em dados de estações meteorológicas localizadas nessas ilhas de calor, o que obviamente vão mostrar uma temperatura média maior. Mas com o advento dos satélites meteorológicos, que medem a temperatura global e inclusive os oceanos (71% do planeta), podemos notar que desde 2000 o planeta vem resfriando (gráfico a seguir), inclusive mesmo o CO2 subindo!

O objetivo dessa postagem foi mostrar que a terra sempre passou naturalmente por resfriamentos e aquecimentos, sendo isso denominado variabilidade climática. O planeta funciona assim graças ao sol. O CO2, tratado como vilão, é como diz Molion "o gás da vida". Quem libera esse gás são os vulcões e oceanos, sendo que os humanos não participam em quase nada do processo. O CO2 não aumenta efeito estufa, visto que ele não é o principal gás desse efeito.

DADOS: DESMISTIFICANDO O AQUECIMENTO GLOBAL (LUIZ CARLOS BALDICERO MOLION), NASA, WORLD CLIMATED, IPCC, METSUL, CORREIO DO POVO.

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